Quem somos?!



Pensamos a arte de uma forma livre... Foi a partir daqui que nos juntámos e formámos a C.A.L. uma comunidade aberta a ideias, projectos, abraçando alternativas ao que de convencional se faz por aí. Trabalhamos a arte no sentido de dar e abrir a públicos que procurem estímulos diferentes, num processo de desconstrução e recriação. Como refere Antonin Artaud, antes de mais nada, necessitamos de viver, necessitamos de acreditar no que nos faz viver e em que algo nos faz viver (…).
Desta forma tentamos unir artisticamente o Teatro, a Música e as Artes Plásticas numa atitude de exploração conjunta da arte, do corpo, dos materiais, sons, das palavras, das ideias, das ambiências, dos processos, dos sentidos. Procuramos desde o silêncio ao grito, explorar os limites e reencontrar a liberdade de criar, sem a dependência total das instituições e do capital como base da criação.
Descartes diz-nos: age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Caminhemos então em direcção às alternativas.
A.M.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

http://ruacheia.site90.net/ruacheia.html

site em construção.... mas já disponível


mais uma pedra na CALçada :)

Boas entradas para toda a família e para todos aqueles que nos acompanham.


sábado, 12 de dezembro de 2009

Espectáculos RUA CHEIA - Évora

Carla LeaL na Estreia de Rua Cheia. Inicio do conto
Carla Leal, na personagem Menina Eugénia


Música do André na personagem Velho do Mar


RUA CHEIA


Visto a lotação da sala ser de 30 pessoas na Casa dos Bonecos, a C.A.L vai abrir outro espectáculo domingo às 18h para outras 30 pessoas.
Assim, os espectáculos Rua Cheia serão:
19 Dezembro às 22h
(com exposição do processo artístico)
e
20 Dezembro às 18h

Para marcações contactem-nos
para email ou 925752385

Apareçam, divulguem,
cumprimentos
C.A.L

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nova Produção - RUA CHEIA


Rua Cheia - espectáculo de Teatro, Poesia e Música. Nova produção C.A.L.


Viajando pelo universo das palavras, compõe-se a Música com o Teatro, passeando por personagens vivas numa Rua Cheia, em noite de Lua Cheia.

Dois musicos, uma actriz, e algumas histórias para contar...

Cheguei, à minha Rua Cheia, numa noite de Lua Cheia, daquelas noites em que toda a gente
sai à rua sem saber porquê.
Também eu saí e sentei-me, assim como estou agora, no degrau da casa da minha avó.
A Lua estava grande, bem grande num céu imenso, a sua luz tornava quase
inexistente a luminosidade dos candeeiros.
A rua, assim como a lua, estava cheia da minha gente, de pequenos momentos solitários,
que se cruzavam uns com os outros, aumentando a magia entre si,
ali diante dos meus olhos.

Estreia 11 de Dezembro - Clube Recreativo Penichense - Peniche.
Espectáculos:
11 e 12 Dezembro - 21h30 - C.R.P.
19 Dezembro - Casa dos Bonecos - Évora.
22h, com Mostra Artistica C.A.L às 23h.
Marcações e informações contacte a C.A.L.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

NOVOS PROJECTOS

A C.A.L alargou a sua comunidade. O Outono trouxe inspiração, novos projectos e novas presenças.
Encontramo-nos em processo de dois projectos com estruturas e linguagens muito diferentes que unem, mais uma vez, a equipa para introspecção e criação alternativa. O primeiro - que funde o Teatro com a Música, partindo da poesia de Al Berto e Samuel Beckett - a ser estreado em Dezembro. Pretendemos abrir este espectáculo ao público Eborense numa noite de mostra artística da C.A.L. O segundo, com estreia prevista para finais de Janeiro, envolve novos actores e músicos, que vêem proporcionar novas dinâmicas de trabalho e uma equipa bem mais numerosa. A partir da peça CARICIAS, do Catalão Sergi Belbel, este projecto está a ser realizado em parceria com o curso de Teatro da Univ. de Évora.
Interpretação:
Carla Leal
Dany Santos
Henrique Calado
João Bandeiras
Mónica Soares
Rubi Girão
Tânia Chita
Tânia Santos
Música:
André Penas
Afonso Castanheira
José Silva

Queremos deixar, desde já, um agradecimento a todos estes que se nos unem, que vivem a nossa energia, princípios, dinâmica e acreditam, como nós, na criação livre. Para a Mónica, que abraçou a produção destes dois espectáculos, um especial obrigado.
Daremos noticias, até lá... Boa Viagem!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Processo Plástico Criativo

Só Trato Loucas Normais



Actriz e espectadora do meu teatro do mundo, deito os foguetes, convido e aplaudo.

Acuso os outros quando me queimo. Não tenho coragem nem amor próprio.

Zombam de mim. Dizem que não sou capaz de fazer um filho vivo, mais do que uma marioneta na ponta da guita…

Faço de conta que vivo e logo a seguir que morro.





Um escarrito sem jeito mal tirado.

Tosse fraca.

Pigarro.

Nada.

Perdão.

É-se educado ao tossir.

Põe-se a mão diante da boca.

Pede-se desculpa.

Foge-se.

Vergonha.




Mexo-me, gesticulo, desarticulo-me.

Sou de papelão.

Vejo cada uma das partes do meu corpo separada, exacta, decepada, precisa, isolada, desligada das outras: a boca, o nariz, o olho, o outro.

Repito: a boca, o nariz, o olho, o outro.

As palavras não fazem sentido. Já não representam nada.

Sons somente.




Deito-me aos pés da Senhora Psiquiatra. O silêncio é bom. Não nos mexemos.

Como em cima de uma almofada. Já não bulimos.

Enroscamo-nos com sorrisos de gato.

Observo-lhe as pernas. Uma liga preta fina frisada termina na presilha entre nylon e a pele.

Duas ligas esticadas quando ela se levantar.

Mais acima a cinta elástica deve tapar-lhe o umbigo, segurar-lhe o ventre redondo.

As meias repuxadas.

O sexo castanho dourado. Vermelho no centro.






Somes-te como um bicho por detrás dos teus olhos fechados,
cavas um mísero buraco,
escavas com as unhas no travesseiro,
recusas-te a despertar.




Fez o meu sonho em cacos. Já não respondo.


Hei-de arregaçar a saia, mostrar-lhe o meu segundo rosto e abrir os lábios. Escarlate.




Tu, apodero-me do interior do teu corpo…

O desejo congestiona-me os lábios.

O desejo tortura-me a fenda. A ferida que tenho no ventre tornada em sexo.


Um buraco… finalmente… é tudo…
Esta espécie de meio-pau mutilado. Um sexo sem passado doente



Decidi: A loucura escolhida escrita nas folhas, esta loucura feita com as minhas palavras e os meus desejos.

Lancei-me no delírio como uma imensa extensão de água à minha frente, impelida e atraída pelo meu duplo.

Os outros na margem, tentavam recuperar-me, interromper-me.

Proibiam-me que ultrapassasse as fronteiras da decência.

Investiam, seduziam-me com drogas, ameaçavam-me.

Eu fugia para mais longe.





quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Palavras Lidas

Nada melhor do que abrir um livro, uma revista, uma carta, um jornal... e deixarmo-nos surpreender pela compreensão das palavras, que parece existir, escritas por um alguém que não conhecemos de lado algum, mas que fazem todo o sentido para nós, mesmo que o tema possa parecer tão antagónico.
Assim, foi ainda este sábado que, ao abrir uma revista, na primeira página vejo este texto.
Institivamente tive de o vir inscrever nesta fachada caiada.

E diz Pedro Rolo Duarte:

"O país invisivel
Enquanto nos queixamos e enchemos a vida de lamúrias; enquanto julgamos os outros sem muitas vezes olharmos para nós proprios; enquanto discutimos irrelevancias e buzinamos no carro por razão quase nenhuma; enquanto relevamos dos dias o que menos conta no balanço final...
...Enquanto a imagem vale tudo e pela imagem quase todos procuram os seus cinco minutos de glória; enquanto atrás da imagem vão politicos e jornalistas, quem decide e quem pode mudar; enquanto fazemos a proporção da relevancia pela popularidade e nmenosprezamos o pormenor em função do efeito especial...
...Enquanto damos sentido e espaço ao olhar ácido do poeta: - "Estamos todos bem servidos de solidão. De manhã a recolhemos do saco, em lugar de pão"...
...Enquanto diabolizamos o dinheiro mas a ele nos submetemos; enquanto fazemos do consumo uma palavra de ordem e do desperdicio um modo de vida; enquanto nos centramos em manter a aparência e desprezamos o que tapa essa aparência...
...Enquanto dormirmos tranquilos porque temos na lapela o autocolante da pequena contribuição; enquanto nos basta a moeda ao arrumador e o cego que ajudamos a atravessar a passadeira; enquanto sentimos dever cumprido porque demos roupa velha aos pobres...
...Enquanto tudo isso compõe a nossa vida triste e diária, "o modo funcionário de viver" que O´Neil tão bem escreveu, há um Portugal invisivel que não espera por eleições nem anda aos gritos na rua, que não pretende maiorias absolutas nem se resigna no queixume, que tem capacidade de agir sem pedir nada em troca, que dá sentido à vida prolongando outras vidas, melhorando outras vidas. É um Portugal feito de gente igual a nós, a qualquer um de nós - mas é um Portugal melhor, porque deu parte do seu tempo aos outros sem querer nada em troca, a não ser a satisfação de ter dado.(...)"


Tantas palavras podem ser ditas a partir daqui, tantos pensamentos e deduções de quem é e pode ser este "país invisivel", de quem se sente parte ou fora desta "invisibilidade", que estando para além da imagem ou da não imagem, está na vontade e no que nos move a viver...
Pois bem, Pedro fala dos Voluntários do nosso país... Mas aqui fica o meu desafio lançado com um sorriso: quem são os "invisiveis" deste mundo?

Manifestem-se
CAL comunidade de artistas livres

O Regresso de Quem Sempre Andou por Aqui


Regressámos calmamente das merecidas "férias?!!", onde mais juntos ou afastados, fomos caiando algumas paredes e alimentando mais ideias.
Desde já temos um pedido de desculpa a fazer, pois por motivos de prioridade, tivemos de adiar as sessões de " TrATo LoUCas nORmAIS" para mais tarde. Estão previstas a partir de Janeiro, com reposição da 1ª sessão. A nossa intenção é esta, verdadeiramente, tendo em conta que temos de procurar espaços onde apresentar novamente.
Por agora já se vão temperando outros projectos, um ligado à poesia, para breve, mas que não será estreado em Évora e um outro, mais complexo, que volta a ligar todos os elementos da CAL em volta de um texto com o objectivo de transformar as palavras em matéria viva - CARÍCIAS de Sergi Belbel. Assim, contamos agora com novos actores que vieram embrenhar-se na actividade da CAL e contribuir com o que a arte tem de melhor - a atitude! Este projecto partirá, inicialmente, de um trabalho universitário, mas, objectivamos posteriormente poder apresenta-lo ao público em geral.

Noticias Plásticas - o nosso LEOPOLDO ANTUNES, está com uma exposição no PontoE, em Évora! Apareçam!

Entretanto continuamos a fazer da nossa sede as casas de todos nós, o nosso orçamento é o material com que trabalhamos e as instituições, vemo-las quando passamos por elas.

Sempre disponíveis a receber e partilhar ideias, sempre com vontade de um pouco mais, esperamos que nos contactem, que se manifestem, que ousem um pouco por aqui.

Cumprimentos
CAL

sábado, 18 de julho de 2009

Férias? Sempre em movimento!!

Para os que se interessam e que esperam notícias, aqui vai:
A CAL vai aproveitando estes dias de calor para reorganizar ideias e para desfrutar da família e dos momentos comunitários por onde vai passando, sempre na nossa alegria de viver, criar e observar mais sobre o mundo e o que nos rodeia.
Assim, já andamos de volta de novos projectos, nunca esquecendo que temos duas sessões da trilogia Só Trato Loucas Normais para apresentar. Em principio, a partir de Setembro, já daremos noticias mais especificas.
Esperamos que continuem a pensar criticamente e a trazer ideias e vontade de crescer na arte como no mundo.
Boas Viagens
Boas Férias
Manifestem-se, comuniquem, deixem opiniões e caminhem em direcção às alternativas
Cumprimentos
CAL - comunidade de artistas livres

quarta-feira, 8 de julho de 2009

CONVITE




A toda a CAL e aos que acompanham, fica o convite para o espectáculo de dia 9, 10 e 11, referido no cartaz.
Venham sozinhos, acompanhados, com cães ou gatos, mas venham.
Um abraço de familia
Lá vos espero,
A.M.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Publicidade Alternativa

Vai estrear na Academia de Música - r. do Raimundo - em Évora, a peça 4 Horas Em Chatila + 7 Crianças Judias - uma peça por Gaza. Trabalho dos alunos de mestrado de encenação - Ana Margarida Leitão, Bruno Mendes e Helena - e de licenciatura em teatro.
Quarta-feira 8 de Julho - ensaio aberto ao público - 21:30h
Quinta 9, Sexta 10 e Sábado 11 - espectáculos - 21:30h

Apareçam

sexta-feira, 26 de junho de 2009

News

Para quem espera notícias nossas, sobre os próximos trabalhos, em breve poderá ter acesso ao que iremos fazer, aqui no blog. Vamos reunir brevemente a comunidade para alinhavar datas.

Entretanto, estamos, como sempre, abertos a ideias, opiniões, propostas... É só comunicarem.

Abraços Comunitários
CAL

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Simplesmente uma observação

O texto que se segue é apenas aquilo que me apetece dizer neste momento, que nem eu mesma sei muito bem o que é.
Num olhar aprofundado sobre o trabalho, empenho, dedicação, amizade, entrega, diversão, criação, conversas, oscilações, vontades, partilhas que temos feito enquanto CAL, fica, entre muitos outros sentimentos, a certeza de quem somos, a certeza da determinação criativa de quem faz aquilo que quer, que gosta, que sente, sem depender de praticamente nada a não ser de nós próprios.
Nem sempre é fácil, sentarmo-nos, com uma garrafa de vinho para ajudar à conversa, as ideias a surgirem, os projectos a quererem surgir, e depararmo-nos com as dificuldades económicas e burocráticas de o fazer, mas também é exactamente isso que nos faz superar aquilo que pensávamos serem obstáculos criativos.
No final da apresentação da primeira sessão, numa destas conversas da comunidade, observei um pensamento tive enquanto deambulava pela minha casa, no burburinho nervoso de quem vai estrear um espectáculo… «Onde andarão os representantes da cultura da nossa cidade?». Foram convidados, obviamente, tiveram conhecimento do projecto, do seu desenvolvimento, das suas apresentações, como fizemos, aliás, com todos aqueles que nos estão ligados, mas, ao contrário da maioria destes, os representantes da secção cultural da CME não compareceram.
Fica a pergunta: Como? Como podem esses senhores representar tal departamento, se não se interessam ou não procuram o que de alternativo se faz numa cidade tão pequena, como Évora? Precisamos ter um “nome”? Uma “imagem” mais forte? Mover mais público ou mais dinheiro?
Gostava muito que, se por acaso alguém ler este pequeno documento, que não interpretasse isto como uma afronta ou critica depreciativa, pelo contrário, o que pretendo, é exactamente e simplesmente fazer pensar, fazer descer, quem está no topo hierárquico da movimentação cultural, aos universos alternativos daqueles que criam apenas porque amam o que fazem, e que o fazem apenas porque querem dar um pouco de si e da forma como vêem o mundo, movimentando públicos diferentes, de vontades diferentes e com criticas diferentes.
Fica aqui então o convite às entidades da cultura da cidade de Évora, como a todos os outros que vão sabendo de nós, que compareçam, critiquem, manifestem o seu ponto de vista, ao que de humilde se vai fazendo na CAL.

Atentamente
A.M.L

quinta-feira, 4 de junho de 2009

BE ME BE YOU


UmA bOca, uM nAriZ, uM oLhO, Um pUzZlE - parte II





Depois da apresentação de FORA DENTRO, onde a CAL abraçou o público no interior do processo criativo, sobre o qual esperamos que se manifestem, critiquem, dêem ideias, lançamo-nos numa nova desconstrução, síntese criativa de partículas da 2ª e 3ª sessão, apresentado o que pode ser outra hipótese de exposição dentro deste mesmo processo. Assim, sexta dia 5 de Junho, pelas 0:15h, instalamo-nos na Casa Dos Bonecos, por onde andarão Emmas, Psiquiatras, medicamentos, palavras - escritas, pensadas e ditas...

Fica aqui o convite a todos os que quiserem contribuir com a vossa presença activa.




Até Lá

CAL

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Estreia 1ª Sessão

-FORA DENTRO -
A C.A.L vai estrear a primeira sessão - FORA DENTRO - da trilogia Eu Só Trato Loucas Normais.
Para quem viu o "trailer" no Bang Bang, apresentamos agora o 1º produto do que tem sido este processo, que continuará em processo, de onde continuaremos a fazer surgir mais alternativas ao que pode ser um espectáculo.
Abriremos as portas da casa nº3, r/c drt, da Rua Joaquim Henriques da Fonseca, no dia 31 de Maio, domingo, às 19h e 22h. Cada sessão tem a limitação de 25 pessoas, assim, apelamos à marcação através de email ou contacto telefónico.

Apareçam, manifestem-se, critiquem.

Futuramente, a C.A.L também vai estar presente, juntamente a outros projectos - Agora Teatro, Cooperativa Obtusa, Karingana, entre outros - com mais uma proposta desconstrutiva deste mesmo projecto, já alternando entre pequenas partes das 3 sessões, na programação complementar à BIME, que terá lugar de 2 a 7 de Junho na Casa Dos Bonecos. Assim, dia 5 de Junho, às 0:15h convidamos todos os que queiram aparecer.

Caminhemos rumo às alternativas!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

C.A.L no Bang Bang


Oscilando entre pequenas peças do universo de Emma
este puzzle procura a descontrução dele próprio
através de um jogo desarticulado.

domingo, 19 de abril de 2009

"A manhã volta.
A manhã volta sempre.
Por mais Largatil, Equanil, Nubarene que tomes,
ela volta sempre.
Podes experimentar Melleril, Nembutal, sedativos,
ela volta..."

sexta-feira, 17 de abril de 2009


"O nariz, a boca, um olho, um puzzle.
Examino os bocados.
Falta sempre um bocado para recontruir a cara, estão mal cortados.
Há um erro qualquer, um fenómeno da natureza inexplicável.
Não é possivel ajustá-los.
É um problema complicado, insolúvel, tremo.
É difícil estarmos sós num mundo, em pedaços, restos.
Ou o contrário, eu em migalhas."

Novidades CAL

Depois de umas breves afinações e reestruturações, a CAL vai estar, em parceria com o CEPIA, de portas abertas durante a semana de 13 a 19 de Abril. Os ensaios - abertos ao público - serão na sede do CEPIA, na rua Bernardo Matos nº 6. Todos os dias lá estaremos para comentários, perguntas ou simplesmente visitas ao processo e ao que gostamos de fazer.
Esta iniciativa foi-nos proposta pelo CEPIA, a quem agradecemos mais uma vez e a quem damos toda a nossa força para que continuem o bom trabalho que têm feito.
Vamos acontecendo passo a passo... Criem connosco!

Primeiro Projecto

Eu Só Trato Loucas Normais – diz o médico de Emma Santos muitas vezes… Emma deambula por entre questões, afirmações, percepções, confrontos, caos, amor, liberdade, clausura, sociedade, discursos, oscilando entre espelhos e memórias, transportando-nos para a compreensão e questionamento do que é, na realidade, esta loucura normal de que se fala.
O que é ser normal? O que é que nos faz seres sociais? O que é a sociedade? Onde nos encontramos fora dentro? Onde somos livres? Somos livres?
É com base no texto Teatro de Emma Santos, que depois de várias reuniões, a comunidade da C.A.L se lançou no seu primeiro projecto, um projecto a partir da desconstrução e recriação textual, deixando no ar as perguntas que Emma queria ver ditas e pensadas pela sociedade.

Será que o tempo da realidade vai voltar?
Será que volta como na infância antes das pessoas crescidas e as suas mentiras destruírem o sonho?

Assim, juntos em introspecção criativa e em ebulição construtiva, caminhamos já a meio processo de fazer surgir este primeiro projecto de nome: SÓ TRATO LOUCAS NORMAIS. Crescido em estruturas nada convencionais propomo-nos a rasgar e repensar a forma de se mostrar a arte, de se fundir a arte, objectivando a ocupação de espaços abandonados ou pouco usados da cidade de Évora. Apresentaremos 3 sessões - Fora Dentro; Uma Vida Falsa Muito Mais Verdadeira; A Palavra Aceita o Silêncio - em que, da parte do público interessado, terá de haver um olhar atento para que as possa seguir. Numa ambiência entre a cenografia e instalação, recriaremos esta mulher – Emma -, pensamentos e sentidos, presente e passado. O futuro… é uma incógnita.
Para quem estiver interessado numa amostra, dia 30 de Abril, fazemos um pequeno “ensaio/exploração” de uma parte do texto no Bang Bang dos CÉPIA – numa noite de Monte Alentejano – em Évora. Desde já agradecemos a abertura e apoio dos CEPIA ao projecto e apresentação do mesmo.
Entretanto, que Santa Barbara de Nexe nos ajude a encontrar os óculos pretos de Emma Santos.
Até lá,
fiquem atentos

Passo a Passo

Pensamos a arte de uma forma livre... Foi a partir daqui que nos juntámos e formámos a C.A.L. uma comunidade aberta a ideias, projectos, abraçando alternativas ao que de convencional se faz por aí. Trabalhamos a arte no sentido de dar e abrir a públicos que procurem estímulos diferentes, num processo de desconstrução e recriação. Como refere Antonin Artaud, antes de mais nada, necessitamos de viver, necessitamos de acreditar no que nos faz viver e em que algo nos faz viver (…).
Desta forma tentamos unir artisticamente o Teatro, a Música e as Artes Plásticas numa atitude de exploração conjunta da arte, do corpo, dos materiais, sons, das palavras, das ideias, das ambiências, dos processos, dos sentidos. Procuramos desde o silêncio ao grito, explorar os limites e reencontrar a liberdade de criar, sem a dependência total das instituições e do capital como base da criação.
Descartes diz-nos: age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Caminhemos então em direcção às alternativas.
Estamos a Acontecer
C. A. L.
Comunidade de Artistas Livres
926553398
geral_C.A.L@sapo.pt


Estamos em criação. Em breve poderão aceder a textos, projectos, ideias e tudo mais o que apetecer fazer.
Até breve