Quem somos?!



Pensamos a arte de uma forma livre... Foi a partir daqui que nos juntámos e formámos a C.A.L. uma comunidade aberta a ideias, projectos, abraçando alternativas ao que de convencional se faz por aí. Trabalhamos a arte no sentido de dar e abrir a públicos que procurem estímulos diferentes, num processo de desconstrução e recriação. Como refere Antonin Artaud, antes de mais nada, necessitamos de viver, necessitamos de acreditar no que nos faz viver e em que algo nos faz viver (…).
Desta forma tentamos unir artisticamente o Teatro, a Música e as Artes Plásticas numa atitude de exploração conjunta da arte, do corpo, dos materiais, sons, das palavras, das ideias, das ambiências, dos processos, dos sentidos. Procuramos desde o silêncio ao grito, explorar os limites e reencontrar a liberdade de criar, sem a dependência total das instituições e do capital como base da criação.
Descartes diz-nos: age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Caminhemos então em direcção às alternativas.
A.M.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Movimento Manifesto Clandestino

Movimento Manifesto Clandestino

Sempre ouvi dizer que é bom dar e receber, que também devemos dar sem pensar no receber… Mas parece-me, não sei, que anda aí gente muito trocada no que respeita a estas ideias.
Sim falo destas tendências modernas de gestão do que nos rodeia! Dei-me ao trabalho de verificar, assim por alto, visto que por baixo me iria deprimir profundamente e não me apetece, as propostas de alterações que o “governo” nos tenta impor.
Serei breve, para não criar indigestões…
Querem pagar menos, que trabalhemos mais, que sejamos escravos do dinheiro que não temos para viver decentemente, retirar subsídios, diminuir qualidade de vida, fundir feriados, aniquilar pontes…
Dizem: tenham calma, façam um esforço, tenham paciência, isto vai melhorar…
Sim! Quando estivermos todos a pedir esmola conseguimos chegar a uma fracção de vida tão simplificada que cada caroço de maçã nos saberá a um banquete, cada copo de água de chuva, será dos melhores vinhos de mesa, e o frio… ah, esse é psicológico. Vendam casas, roupas, filhos… que interessa esses bens materiais? E filhos sempre foram “coisas” que se tem de planificar muito bem – “Nós avisamos!”
Paro, penso um pouco, e chego a uma conclusão… brevemente será tudo tão resumido e fraccionado, para bem da “Nação” e de “todos”, que teremos de ser incultos, ignorantes, oprimidos, fechados e principalmente teremos de ser ZERO; ligar-nos-ão sensores ao corpo, para que não gastemos demasiada energia nos tempos livres, para que a possamos aplicar no TRABALHO, e outros ao cérebro, para que sempre que realizamos um pensamento, seja ele qual for, se pague uma taxa tão alta, que ninguém se atreverá a PENSAR! Já para não dizer que teremos medo de falar, não vá o som das palavras interferir com o espaço comum e possa suscitar pensamentos nos outros. Seremos nós a evitar estarmos uns com os outros para que ninguém nos diga ou faça nada que nos faça pensar.
E tudo isto para nosso “bem”, pois só assim seremos livres num estado de liberdade de NÃO SER!
Parece-me… Não sei… Eu só parva, como diz o outro…

AQUECIMENTO

‎" O principal é tu próprio concordares com as tuas ideias. O que quero fazer. Pensa. Tens fome? Não tenho fome. Esqueci o estômago.
Se alguém me ajudasse eu podia. Não basta receber. Há que oferecer. Tenho de sair daqui e agir. Não. É ao contrário.
As gavetas vazias. Insuportavel. O mundo precisa dos meus gestos. Preciso de sair para fora e agir. Não basta ter medo nem odiar. É preciso agir. Os acontecimentos esperam por mim. Os meus acontecimentos."

Gonçalo M. Tavares, in "A Colher de Samuel Beckett"

quinta-feira, 29 de setembro de 2011



Vimos por este meio convidar todos os interessados para a inauguração da exposição "Gravadores dos Leões", no Palácio D.Manuel, no Jardim Público de Évora, no dia 8 de Outubro, pelas 17:00h.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

C.A.L + UE no FATAL, Lisboa

Para quem ainda não teve a oportunidade de nos ver por se encontrar deslocado do Alentejo em direcção ao Tejo, então tem aqui a sua oportunidade. É aproveitar.
Tendo em conta que este projecto foi desenvolvido no âmbito do mestrado da Ana, vamos ao FATAL representar a Universidade de Évora:

13ª CASA DO ZODÍACO, a partir do livro A Casa do Incesto de Anaïs Nin

Domingo, 29 de MAIO 2011 - 16:30h

Espaço - Teatro da Comuna


Encenação de Ana Leitão
Universidade de Évora - Mestrado em encenação



Organização:
FATAL 2011: Reitoria da Universidade de Évora e Núcleo Cultural do Departamento de Relações Externas

Bilhetes - Teatro da Comuna (a partir das 20h - 217 221 770) - 3€ estudantes e profissionais das artes do espectáculo, 5€ público em geral

Reservas - Núcleo Cultural do Departamento de Relações Externas - 210 113 406




No final da peça, no bar do teatro, o público à conversa com a equipa da 13ª Casa do Zodíaco.



Não percam, tragam companhia e divulguem...

Abraços

C.A.L

sábado, 30 de abril de 2011

Bom Dia com FMI - aconselhável ler depois de um bom pequeno almoço. Ou não...

Esta manhã acordei “enfiada” no FMI… Coisa que não acontece quase nunca, acordar virada para a política/economia, pois, chamem-me o que quiserem, acho que neste sitio onde estamos, pode estar à frente quem estiver, que farão todos exactamente a mesma merd@.




Sentei-me então com um jornal de negócios e afundei-me nas medidas, prós e contras, e etcs que são debatidos com a chegada deste tão grande “SR.” que inicialmente era tomado para apoiar países do 3º mundo e que agora é a medida proposta a vários países à beira de um ataque de nervos.




Podia transcrever para aqui em resumo o que li e as conclusões que tirei, mas vou ficar-me pelo mais básico e primordial: 10 medidas com que devemos contar com a chegada do FMI, medidas essas que servirão para “equilibrar” a situação nacional (equilíbrio esse pensando adquirindo mais e mais dividas).




Então, com que deve contar o país?




1. Subida de impostos e cortes nas deduções




2. Cortes nas pensões




3. Despedimentos mais fáceis




4. Redução de subsídio de desemprego




5. Quebra de salários




6. Reforma do mercado de arrendamento




7. Redução de funcionários




8. Mais concorrência e uma “onda” de privatizações




9. Energia com menos intervenção do Estado




10. Transportes mais caros




Bem, o panorama é “agradável” e entre aquisição de mais dividas e apertar mais e mais a vida dos que precisam de viver com alguma qualidade, questiono-me quem irá, afinal, ser “ajudado” pelo FMI? Quem será que vai beneficiar com estas medidas alucinantes?




Entre muitos prós e contras, li um facto interessante dentro das medidas positivas que se esperam: a promoção do consumo de produtos nacionais! Mas precisará de chegar um FMI para que se tenha essa noção básica acerca da nossa economia? Não deveria este factor ser uma visão de qualquer português? Pois não sei…




Enfim… terminei de ler 15 páginas de jornal a pensar que por vezes mais vale ser ignorante e não entender minimamente o que se passa à volta, do que transformar um pequeno-almoço tranquilo em algo profundamente indigesto.

sábado, 26 de março de 2011

13ª Casa do Zodíaco


13ª Casa do Zodíaco é a nova produção C.A.L., inserida no projecto de mestrado da Ana, na Universidade de Évora, uma adaptação do texto "Casa do Incesto" de Anais Nin.

Juntamos o trabalho da comunidade ao de novos actores e técnicos, resultando um projecto com o uso de várias técnicas que contribuem para a plasticidade do espectáculo.

Este projecto estará em cena nos dias 31 de Março, 1 e 2 de abril de 2011, na sala preta do edifício de Artes Cénicas do pólo dos Leões da Univ. de Évora.


Entrada livre mediante marcação para:

geral_C.A.L@sapo.pt

961248405/914851606




"Cheguei através de uma floresta de árvores decapitadas, mulheres esculpidas em bambu, carnes flageladas como a dos escravos numa escravidão sem prazer, faces divididas em duas pela faca do escultor, mostrando duas faces para sempre separadas, eternamente duas, e tive eu de deslocar-me para descobrir a mulher completa.

Figuras truncadas, onze faces, onze ângulos, de madeira frágil e venal, fragmentos de corpos, sem braços e sem cabeças. Um torço-tubérculo, calcanhar de Aquiles, tobérculos e excrecências, pé de múmia de madeira podre, madeira dócil e venal esculpidas em contorções humanas. É preciso que a floresta chore e se dobre como ombros de homem, figuras mortas dentro de árvores vivas. Floresta agora animada de rostos - intelecto, contorções de espírito. Árvores desviando em homem e mulher, bi-faces, tornando-se nostálgicas ao mexer das folhas. Árvores que se deitam, troncos luzentes, floresta sacudida de uma revolta tão amarga que eu ouvia gemer dentro da sua mais profunda consciência vegetal.

Chorando a perca das folhas e o fracasso da sua transmutação."


Anais Nin - A Casa do Incesto




13ª Casa do Zodíaco nasceu da vontade de trabalhar um texto não teatral, poético, que traduzisse universos que tratassem a arte e os sentimentos de forma genuína e com o qual me identificasse de uma forma pessoal.



Anais Nin, escritora que já faz parte da minha estante de livros há algum tempo, dá muito da sua vida em tudo o que escreve, e foi sem hesitação que me propus a este texto, desafiando-me desde a dramaturgia, passando pelo processo, até à proposta de espectáculo.



A autora invade-nos, no texto A Casa do Incesto, de referências mitológicas que se interligam com referências autobiográficas, abrindo um leque de hipóteses para a exploração prática destas palavras. Pessoalmente optei por tentar explorar um pouco das duas referencias, embora sempre procurando o meu espaço por entre estas linhas objectivando a criação de uma linguagem própria.



Parti de uma premissa: fundir corporalidade e texto num trabalho multidisciplinar. Dois universos que me são inerentes, o trabalho de corpo e o trabalho de texto, explorando-os através de propostas de exercícios e estímulos constantes.



Os estímulos: música – sempre muito presente e incitadora de universos imagéticos; imagem – como complemento e alimentando o trabalho de exploração performativa; elementos plásticos – para desenvolver acções em cada universo e cenografando, de forma minimalista, o espaço.



Não sei explicar sucintamente este processo. Foi, e será até ao último dia, forte, difícil, denso, envolvente e aliciante.



A 13ª casa do zodíaco é o resultado de um processo de 1 mês e meio de trabalho em equipa, transportando para cena uma proposta, em aberto, do que poderá ser um espectáculo e a transposição do livro A Casa do Incesto para um espectáculo multidisciplinar.



A todos os que montaram comigo esta floresta, o meu muito obrigado.



A todos os que estiveram comigo desde o inicio deste Mestrado, acreditando, incentivando e apoiando, dedico este trabalho de todo o coração.



Ana Margarida Leitão




Ficha técnica: Encenação: Ana Leitão Interpretação: Henrique Calado, João Luz, Mafalda Marafusta, Paulo Pimenta, Rita Costa, Rubi Girão e Vanda Rodrigues. Música: Diogo Penas e Miguel Alegria. Cenografia e adereços: Catarina Castanho e Daniel Figueiredo. Desenho de luz: Joana Velez e Nando Zambia Multimédia: Ricardo Fernandes Design: Leopoldo Antunes Operação de som: Alexandre Pais Operação de luz: Joana Velez Operação de vídeo: Daniel Figueiredo Produção: Rubi Girão

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sobre a geração à rasca

Numa viagem de bus… meti-me a pensar, coisa para a qual ainda não preciso pagar nem pedir licença, e posso faze-lo em silêncio para não incomodar! Sim, porque os pensamentos desta geração fazem barulho, e incomodam mentalidades que olham de esguelha os problemas que nos impõem.

Caminham no seu paço e dizem que isto de desemprego faz acomodar, e que os jovens gostam de não fazer nenhum. Seremos assim tantos a sofrer desse mal? Será que somos mesmo nós que não queremos fazer?

Somos tantos… tantos os que querem e por incapacidade não podem… Capazes mais que nunca, só barreiras se levantam.

Somos criativos muitos, “idiotas” tantos, convictos grande parte, perdidos também, cultos de tanto que estudamos à espera de um trabalho, livres porque sim, destemidos porque queremos, rebeldes também, alcoólicos obviamente, desinteressados alguns, apaixonados outros, inteligentes, burros, parvos diz Deolinda, rascas chamam-nos os “grandes”, apáticos, activos, sujeitados… somos tudo isto. Somos vagabundos sociais sem espaço para poder construir o que temos dentro.

E vem o 12º, já não chega. Licenciatura, o que é isso? Agora Mestrado, Srs. mestres de nada… Doutoramento? Para quê? Quando?!

Pois. Lá vem o tacho que o primo arranjou, ou o cordel que mexeu o tio… e a carteira dos pais que podem.

E nisto passamos 30 anos da vida na escola, a aprender, aprender, aprender?!, ” aprender”, a apren… apre… ap….aaaaaaaaaaaa…..

Pois bem. Estaremos juntos na estupidez profunda do que nos oferecem, e da nossa parte, não deixaremos de fazer barulho, de mexer e agitar as águas. Sentar-nos-emos em todas as mesas de quem nos queira ouvir, e ainda pagamos o café!

Só nunca esquecendo quem somos e de onde viemos, para que nesta luta pelo trabalho não nos tornemos escravos de uma sociedade que formata cabeças! Se pretendemos ter um pouco do que merecemos, ao menos que dentro desse pouco o façamos na autenticidade daquilo que somos, porque de modelos standard já estamos todos fartos e são esses modelos que nos deixam agora aflitos na nossa individualidade.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um quarto cujo tecto me ameaça como um par de tesouras abertas. Janelas de águas-furtadas. Estou na cama deitada como cascalho. Todas as conexões se vão partindo. Deixo vagarosamente cada ser que amo, vagarosa, cuidadosa, completamente. Digo-lhes o que lhes devo e o que me devem. Guardo-lhes os últimos olhares e o último orgasmo. A minha casa está vazia, inundada de sol, viva de reflexos, o seu silêncio cheio de implicações, imagens secretas que um qualquer dia me enlouquecerão na altura em que deterei de pé frente às paredes brancas, ouvindo mais do que é possível e vendo mais do que é humanamente tolerável. Deixo-os a todos. Morro num quarto-tesoura despossuída de amores e de pertenças, nem sequer constando do livro de registos do hotel. Neste mesmo instante sei que se ficasse alguns dias neste quarto uma vida completamente nova poderia começar - como a cicatrização da carne depois de uma operação. Mas mais do que o terror da morte é o receio desta vida nova que me mantém acordada. Salto da cama e saio deste quarto que me envolve como uma túnica envenenada, apoderando-se da minha imaginação, corroendo-me a memória de tal modo que em sete tempos terei esquecido quem sou e quem amei.

Era o quarto número 35 onde na manhã seguinte poderia ter acordado louca ou puta.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


Venho por este meio convidar todos os interessados para a inauguração da Exposição de Gravuras de Daniel Figueiredo no Espaço Reflexo, em Sintra, no dia 4 de Fevereiro com início às 21:00h. Obrigado!!


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

diz Anaïs...

Porque escrevem as pessoas?

Já me fiz tantas vezes esta pergunta que hoje posso respondê-la com a maior facilidade.
Elas escrevem para criar um mundo no qual possam viver.
Nunca consegui viver nos mundos que me foram oferecidos: o dos meus pais, o mundo da guerra, o da política.
Tive de criar o meu, como se cria um determinado clima, um país, uma atmosfera onde eu pudesse respirar,
dominar e recriar-me a cada vez que a vida me destruísse.

Esta é a razão de toda obra de arte.
Só o artista sabe que o mundo é uma criação subjectiva, que é preciso escolher, seleccionar.
A obra é a concretização, a encarnação do seu mundo interior.
Ele espera impor a sua visão pessoal, partilhá-la com os outros.
Se não atinge esta última finalidade, o verdadeiro artista persiste assim mesmo.
Os poucos momentos de comunhão com o mundo valem esse sofrimento, pois finalmente esse mundo foi criado
para os outros como um legado, como um dom a eles destinado.

Também escrevemos para aprofundar o nosso conhecimento da vida.
Para atrair, encantar e consolar.
Escrevemos para acalentar os nossos amantes.
Para degustar em dobro a vida: no momento preciso e retrospectivamente, na sua lembrança.

Escrevemos, como Proust, para tornar as coisas eternas e para nos convencermos de que elas o são.
Para podermos transcender a nossa vida e alcançarmos o que existe além dela.
Escrevemos para aprender a falar com os outros, para testemunhar nossa viagem ao labirinto.
Para abrir, expandir nosso mundo quando nos sentimos sufocados, oprimidos ou abandonados.

Escrevemos como os pássaros cantam, como os primitivos dançam os seus rituais.
Se não respirar quando escreve, não gritar, não cantar, então não escreva porque a sua literatura será inútil.
Quando não escrevo, o meu universo reduz-se; sinto-me numa prisão.
Perco a minha chama, as minhas cores.

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades – é a isto que eu chamo de respirar.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"A Casa Do Incesto" de Anaïs Nin ou A 13ª Casa do Zodíaco

Na manhã em que me levantei para começar este livro tossi. Algo estava a sair-me da garganta, a estrangular-me. Rasguei o cordão que o retinha e arranquei-o. Voltei para a cama e disse: Acabo de cuspir o coração.


Lançamo-nos numa nova viagem, através de um mundo surreal onde o Sonho e a Realidade não têm dimensão palpável, e o dia e a noite se fundem em imagens de constante metamorfose.

A 13ª Casa do Zodíaco será um novo projecto, realizado a partir do livro "A Casa do Incesto" de Anaïs Nin, objectivando a criação partindo de textos não teatrais - um trabalho de pesquisa explorando a contemporaneidade da palavra na plasticidade do corpo e da imagem -, numa procura de novos processos e de material que nos estimule à recriação de universos que nos surpreendam.

Daremos noticias. Mantenham-se em contacto.

C.A.L