Quem somos?!



Pensamos a arte de uma forma livre... Foi a partir daqui que nos juntámos e formámos a C.A.L. uma comunidade aberta a ideias, projectos, abraçando alternativas ao que de convencional se faz por aí. Trabalhamos a arte no sentido de dar e abrir a públicos que procurem estímulos diferentes, num processo de desconstrução e recriação. Como refere Antonin Artaud, antes de mais nada, necessitamos de viver, necessitamos de acreditar no que nos faz viver e em que algo nos faz viver (…).
Desta forma tentamos unir artisticamente o Teatro, a Música e as Artes Plásticas numa atitude de exploração conjunta da arte, do corpo, dos materiais, sons, das palavras, das ideias, das ambiências, dos processos, dos sentidos. Procuramos desde o silêncio ao grito, explorar os limites e reencontrar a liberdade de criar, sem a dependência total das instituições e do capital como base da criação.
Descartes diz-nos: age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Caminhemos então em direcção às alternativas.
A.M.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Em processo... Novo projecto

Loucura? - Mas afinal o que vem a ser a loucura?... Um inigma... Por isso mesmo é que às pessoas enigmáticas, incompreensiveis, se dá o nome de loucos...
Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, uma questão de maioria. A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco , unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor d...aquilo branco. A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções: É a gente de juizo... Pelo contrário, umm numero reduzido de individuos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria... são doidos...
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse o superior e o génio da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser os ajuizados: Na terra dos cegos, quem tem olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juizo, é doido, concluo eu.
O meu amigo não pensava como toda a gente... Eu não o compreendia: chamava-lhe doido...Eis tudo."

LoUcUra - Mário Sá-Carneiro
Interpretação: Henrique Calado
Coordenação: Ana Leitão

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