Eu Só Trato Loucas Normais – diz o médico de Emma Santos muitas vezes… Emma deambula por entre questões, afirmações, percepções, confrontos, caos, amor, liberdade, clausura, sociedade, discursos, oscilando entre espelhos e memórias, transportando-nos para a compreensão e questionamento do que é, na realidade, esta loucura normal de que se fala.
O que é ser normal? O que é que nos faz seres sociais? O que é a sociedade? Onde nos encontramos fora dentro? Onde somos livres? Somos livres?
É com base no texto Teatro de Emma Santos, que depois de várias reuniões, a comunidade da C.A.L se lançou no seu primeiro projecto, um projecto a partir da desconstrução e recriação textual, deixando no ar as perguntas que Emma queria ver ditas e pensadas pela sociedade.
Será que o tempo da realidade vai voltar?
Será que volta como na infância antes das pessoas crescidas e as suas mentiras destruírem o sonho?
Assim, juntos em introspecção criativa e em ebulição construtiva, caminhamos já a meio processo de fazer surgir este primeiro projecto de nome: SÓ TRATO LOUCAS NORMAIS. Crescido em estruturas nada convencionais propomo-nos a rasgar e repensar a forma de se mostrar a arte, de se fundir a arte, objectivando a ocupação de espaços abandonados ou pouco usados da cidade de Évora. Apresentaremos 3 sessões -
Fora Dentro;
Uma Vida Falsa Muito Mais Verdadeira;
A Palavra Aceita o Silêncio - em que, da parte do público interessado, terá de haver um olhar atento para que as possa seguir. Numa ambiência entre a cenografia e instalação, recriaremos esta mulher – Emma -, pensamentos e sentidos, presente e passado. O futuro… é uma incógnita.
Para quem estiver interessado numa amostra, dia 30 de Abril, fazemos um pequeno “ensaio/exploração” de uma parte do texto no Bang Bang dos CÉPIA – numa noite de Monte Alentejano – em Évora. Desde já agradecemos a abertura e apoio dos CEPIA ao projecto e apresentação do mesmo.
Entretanto, que Santa Barbara de Nexe nos ajude a encontrar os óculos pretos de Emma Santos.
Até lá,
fiquem atentos